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Sinproesemma participa da Marcha das Margaridas em Brasília

Uma comitiva do Sinproesemma se juntou a outras milhares de mulheres em Brasília na luta por um Brasil com Soberania Popular, Democracia, Justiça, Igualdade e Livre da Violência na Marcha das Margaridas 2019 e ecoaram a luta das mulheres por igualdade, autonomia e liberdade.

Durante dois dias as margaridas participaram de sessão solene no Plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, realizaram oficinas, plenárias, painéis, mostra, rodas de conversa, lançamento de Cartilha e marcharam.

No dia 14, a concentração para a Marcha teve início às seis da manhã, no Eixo Monumental de onde saíram rumo à Esplanada dos Ministérios, sendo finalizado por volta do meio dia.

“Foi um encontro muito positivo, onde pudemos expressar a nossa indignação com a política implantada por Jair Bolsonaro. Dentre os vários eixos discutidos, demos destaque aos cortes na educação e a Reforma da Previdência que estão diretamente ligados à nossa luta”, disse a professora Edna Castro, secretária adjunta dos Aposentados.

Para o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, nesse momento de intensas lutas contra o Governo Federal é importante ocupar todos os espaços de luta.

“Estamos vivendo grandes batalhas contra o Governo Federal que escolheu os trabalhadores como inimigos e nesse momento de resistência contra o sucateamento da educação e a retirada de direitos da classe trabalhadora com essa maléfica Reforma da Previdência é importante somarmos e dizermos não a esse governo fascista”, pontuou Oliveira.

Marcha das Margaridas

Iniciada em 2000, a Marcha das Margaridas é realizada a cada quatro anos e tem como inspiração a luta de Margarida Maria Alves, trabalhadora rural da Paraíba, que ocupou, por 12 anos, a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande.

Aliada à trajetória sindical, onde lutava por direito como carteira de trabalho assinada e 13º salário, jornada de trabalho de oito horas e férias, Margarida incentivava suas companheiras ao direito à terra, pela reforma agrária. Fundou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural e em meio à luta pelos direitos dos Trabalhadores Rurais, aos 50 anos de idade, em 12 de agosto de 1983, foi assassinada na porta de casa por pistoleiros na frente de seu filho e de seu marido.

O crime teve repercussão internacional, com denúncia encaminhada à Corte Internacional de Direitos Humanos e várias outras entidades semelhantes. Severino, o marido de Margarida, dizia que “ela era uma mulher sem medo, que denunciava as injustiças”. Na época de sua morte, 72 ações trabalhistas estavam sendo movidas contra os fazendeiros locais.

Símbolo da luta pelos direitos dos trabalhadores rurais, Margarida recebeu, postumamente, o prêmio Pax Christi Internacional, em 1988; em 1994, foi criada, pela Arquidiocese da Paraíba, a Fundação de Defesa dos Direitos Humanos Margarida Maria Alves e, em 2002, recebeu a Medalha Chico Mendes de Resistência, oferecida pelo GTNM/RJ.

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