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Sinproesemma é contra volta às aulas presencias antes de vacinação completa

A Campanha de Vacinação dos Trabalhadores em Educação, pleito do Sinproesemma atendido pelo governo do Estado, segue em andamento. Em três semanas mais de 70 mil profissionais da educação das redes públicas estadual e municipais, federal e particular já tomaram a primeira dose da vacina. O fechamento do ciclo de vacinação, com a aplicação da segunda dose do imunizante, está agendada para daqui a três meses, ou seja, lá para o mês de agosto.

Nessas circunstâncias não é prudente pensar em um retorno presencial das aulas no Maranhão agora, no início desse segundo semestre. Essa pressa vai de encontro ao processo de diálogo iniciado entre o Sinproesemma e o Governo do Estado e pode jogar por água abaixo todo o planejamento e esforço do próprio governo na priorização de imunização dos Trabalhadores em Educação.

Como no ano passado, as férias dos educadores estão garantidas para o mês de julho e já se iniciou um planejamento para um retorno híbrido das aulas no segundo semestre, após segunda dose da vacina, respeitando ainda os protocolos sanitários (máscara, álcool em gel, distanciamento social) nas escolas.

Pensar em retorno presencial nesse momento na rede estadual também irá impactar, sobremaneira as redes municipais de ensino, onde muitas escolas ainda não possuem condições mínimas favoráveis para esse retorno, colocando em risco a vida de trabalhadores em educação, alunos e familiares.

“Temos convicção de que não é o momento para retorno de aulas presenciais. Acreditamos que a declaração do Governador nesse sentido, foi por conta do entusiasmo pela priorização da vacinação dos Trabalhadores em Educação. É necessário primeiro garantir a imunização completa de todos os profissionais da educação, dar andamento no planejamento para o segundo semestre de forma híbrida e com todos os protocolos e organizar um calendário com a retomada das aulas presencias para 2022, observando toda a conjuntura que estaremos vivendo no ano que vem”, enfatizou Raimundo Oliveira, presidente do Sinproesemma.

Essa perspectiva é corroborada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) que vem enveredando esforços para que outros Estados também vacinem os trabalhadores em educação.

“O Estado do Maranhão iniciou a campanha de vacinação dos educadores que entenderam a importância da vacina, mas um retorno mesmo que híbrido só depois da completa vacinação. É importante aproveitar esse tempo para continuar o debate com o sindicato, alunos e pais sobre um possível retorno”, disse Berenice D’arc, secretária de Relações de Gênero da CNTE.

Já para Rui Oliveira, coordenador geral da APLB – BA e Secretário de Política Sindical da CNTE, ainda não existem condições de volta as aulas presenciais nas escolas públicas de todo o Brasil.

“Aqui na Bahia fomos vacinados com a primeira dose e estamos aguardando o tempo certo para a segunda. De forma que não temos nenhuma perspectiva de retomada das aulas, uma volta agora é precipitada, inconsequente e esses governos terão que assumir os danos à vida das pessoas. De genocida já basta o Bolsonaro”, disse Rui.

Segundo o presidente do Sinproesemma, o debate com a Seduc irá continuar na perspectiva de alinhar os próximos passos para a retomada das aulas.

“Estamos tratando a melhor forma para o retorno das aulas, discutindo que além da vacina, são necessários os protocolos e as condições sanitárias das escolas. O momento é para o Governo do Estado se  preparar e realizar as melhorias nas escolas que precisam, dando assim as condições para um retorno seguro a toda comunidade escolar, mesmo que de forma híbrida”, finalizou Oliveira.

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