Na manhã desta terça-feira, 11, o Sinproesemma junto com representantes das centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais realizaram ato unificado contra a extinção do Ministério do Trabalho e Emprego, anunciada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.
Realizado em frente à sede do MTE em São Luís, o ato chamou a atenção dos trabalhadores para o retrocesso nas relações de trabalho que o fim do Ministério representa.
“Estamos vivendo um período de grande perda para os trabalhadores. A extinção do Ministério do Trabalho representa o fim da regulação das categorias e isso representa maior precarização e enfraquecimento das fiscalizações. E pela própria natureza da nossa atividade, sabemos o que vai acontecer com a grande parte dos trabalhadores, que só recebem um salário mínimo. Vamos caminhar para um país mais desigual e miserável”, desabafou a auditora fiscal do trabalho, Mônica Damos Duailibe.
Durante o ato, os sindicalistas adentraram o prédio do MTE e conversaram com os trabalhadores que estavam em atendimento, explicando sobre a necessidade de lutar contra mais esse retrocesso para a classe trabalhadora.
“O Ministério do Trabalho ao longo dos seus 88 anos de existência, sempre teve um papel de protagonismo na luta contra a recessão e pela retomada do crescimento brasileiro. Tirar a autonomia do MTE e dissolvê-lo em diferentes pastas vai enfraquecer ainda mais a classe trabalhadora, que já vem sendo penalizada há muito tempo”, disse Henrique Gomes, secretário de assuntos jurídicos do Sinproesemma.
No final do ato, os manifestantes deram um abraço simbólico no prédio do Ministério do Trabalho e com palavras de ordem, bradaram pela não extinção do órgão.
“Estamos nas ruas contra o fim do Ministério do Trabalho, porque entendemos que esse momento é de unidade e de luta pela garantia dos direitos dos trabalhadores. O Sinproesemma está somando força e convocando todas as categorias contra mais esse retrocesso. É importante que o trabalhador entenda o que está acontecendo e somem conosco pela garantia de políticas para a geração de empregos, na fiscalização do trabalho escravo e infantil e na garantia à saúde e segurança dos trabalhadores,funções específicas do Ministério do Trabalho”, disse o presidente do Sinproesemma, professor Raimundo Oliveira.
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