Os trabalhadores e trabalhadoras da educação pública de Paço do Lumiar reuniram-se em mais uma assembleia geral da categoria na tarde desta terça-feira, 9, na sede social do Sinproesemma. Desta vez, a assembleia serviu para analisar o movimento grevista e deliberar a realização de ações de enfrentamento ao Projeto de Lei Municipal Nº 02/2019, elaborado pela Prefeitura de Paço do Lumiar e encaminhado à Câmara de Vereadores.

Em suma, o projeto altera a estrutura curricular do ensino fundamental e a hora-aula da rede pública de ensino municipal, para que as jornadas de 13h e de 26h tenham 60 minutos.

A coordenadora do Núcleo de Paço do Lumiar, Jori Mary Santos, iniciou a assembleia destacando a atuação da categoria na greve, que tem sido forte e dedicada. “A categoria é firme, forte e unida, é o norte da nossa luta. É essa unidade que sustenta o nosso movimento, e que com certeza nos levará à vitória”, afirmou.

A secretária de Representação de Núcleos do Sinproesemma, Janice Nery, falou sobre a reunião da comissão de greve com os vereadores do município. Ela destacou, na ocasião, o posicionamento da categoria em manter o movimento diante da intransigência do poder municipal, que quer impor uma jornada sem embasamento legal. “Os vereadores que lá estavam já se colocaram, preliminarmente, em não votar ou acatar nada sem antes ouvir o posicionamento do sindicato”, afirmou. Janice citou o caso de três municípios onde proposta de 13h de 60 minutos foi implantada, e reforçou que os três tramitam na justiça, por ferirem a Lei do Piso.

O advogado Bruno Almeida, consultor jurídico do Sinproesemma, tirou dúvidas e tranquilizou a categoria sobre o movimento paredista. Bruno contestou a alegação da gestão municipal sobre a ilegalidade da greve, reforçando que o sindicato tem respeitado todos os trâmites e prazos, e que trabalha para derrubar a liminar que decretou a ilegalidade do movimento.

Por sua vez, o secretário de Cultura do sindicato, Euges Lima, destacou a garra dos trabalhadores e trabalhadoras em educação pública de Paço do Lumiar, em meio à intransigência e o autoritarismo do poder municipal. “Vocês só provam que a unidade constroi o sucesso. Este movimento é exemplar, mas a vitória não é fácil. Ganhar depende da convicção em acreditar que a luta é pelos profissionais de hoje e também pelos que virão. O poder executivo está testando o poder da categoria, precisamos mostrar a nossa resistência”, disse.

O posicionamento da diretoria do sindicato foi de não abrir mão da unidade de aula com duração de 50 minutos, aprovado de forma unânime pela categoria. Ainda, nesta semana, o Comando de Greve fará uma Agenda de Mobilização com atividades de enfrentamento ao projeto. A Greve continua!