Liderados pelo Sinproesemma, os Trabalhadores em Educação do Maranhão, ocuparam as ruas do Estado para protestar contra o Governo Estadual. Em São Luís, o ato público teve concentração na Praça Joãozinho Trinta e marchou até o Palácio dos Leões.
Com faixas, cartazes e apitos os Trabalhadores em Educação chamaram a atenção da sociedade para os desmandos do governo estadual em relação à educação e a falta de diálogo com o Sinproesemma.
A pauta de reivindicação da Campanha Salarial da categoria foi enviada ao Governo do Estado no mês de fevereiro e até agora, nenhuma rodada de negociação efetiva aconteceu entre a Seduc e o Sinproesemma. Entre os pontos da pauta o cumprimento da Lei 11.738/08, Lei do Piso, que determina o reajuste do piso nacional salarial de 4,17%, e o cumprimento da Lei 9.860/13, Estatuto do Educador, que determina entre outras coisas as progressões automáticas, titulações, gratificações, promoção e continuidade das políticas de ampliação e unificação de matrícula, infraestrutura das escolas, entre outras.
Para o professor Raimundo Oliveira, presidente do Sinproesemma, a categoria atendeu o chamado do Sindicato.
“Estamos em um novo momento de luta, onde vivenciamos ataques tanto no plano nacional como Estadual, a exemplo da Reforma da Previdência e o não cumprimento do Estatuto do Educador. Temos entendimento em buscar sempre o diálogo com o governo do Estado para darmos os encaminhamentos necessários para assegurar o que rege o nosso estatuto”, disse Oliveira.
Paralisação Estadual
A adesão da categoria ao dia de luta em defesa do Estatuto do Educador teve grande adesão dos Trabalhadores em Educação. As 18 regionais do Sinproesemma no Estado, realizaram atos contra o governo e denunciaram para a sociedade a realidade do sistema educacional do Maranhão.
Segundo a secretária de assuntos educacionais, Professora Janice Neri, esse primeiro ato mostrou a reação do Sinproesemma na busca da garantia dos direitos da categoria dos Trabalhadores em Educação.
“A paralisação de hoje serviu como termômetro da mobilização da nossa categoria. Em todas as regionais os trabalhadores em educação se organizaram e foram às ruas, e nesse sentido, estamos construindo uma forte trincheira de luta em busca de valorização e respeito por parte do governo do Estado”, disse Neri.
Encaminhamentos
Durante o ato, o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, convocou o governo do Estado para o diálogo e reforçou que o Sinproesemma não vai abrir mão do cumprimento da Lei.
“Vamos seguir firmes na busca da garantia dos nossos direitos. Protocolamos desde fevereiro a nossa pauta de reivindicação, já estamos em abril e até agora o governo não se manifestou. Essa paralisação de hoje é a mostra da nossa mobilização. A greve é o último recurso de luta dos trabalhadores, e se chegarmos lá, a culpa é do Governo do Estado que insiste em se trancar e não dialogar”, ratificou Oliveira.
Após o ato a Secretaria Estadual de Educação sinalizou com uma reunião para a próxima semana, onde irá apresentar dados dos impactos financeiros que repercutem em pontos da pauta de reivindicação.
“Estaremos presentes na reunião com o governo do Estado e assim conquistar os diretos dos trabalhadores, tendo a preocupação de participar os encaminhamentos com a categoria. Vamos lutar pelo o que é nosso de direito, como historicamente fizemos, com responsabilidade e discernimento”, concluiu Oliveira.
