Sinproesemma vai às ruas e diz não aos cortes da educação e ao desmonte da aposentadoria

Num dia histórico, o Sinproesemma junto com trabalhadores em educação, centrais sindicais, estudantes e movimentos sociais saíram às ruas para protestar contra as medidas do governo Jair Bolsonaro e os cortes nas verbas da educação e a Reforma da Previdência.

O ato público teve concentração na Praça Deodoro e percorreu pela a Rio Branco e Avenida Beira-Mar, na Praia Grande. Durante o percurso, a multidão entoava palavras de ordem, discursos sobre a importância dos investimentos na educação e a realidade sobre a Reforma da Previdência que o Governo Federal nega para a população.

“Hoje estamos nas ruas, em um dia histórico, irmanados a toda comunidade escolar e movimentos sociais mostrando para esse governo que não vamos permitir os cortes na educação e seu consequente retrocesso. Lutaremos até o fim, pela continuidade de investimentos na educação básica e superior, e lutaremos mais ainda para que a Reforma da Previdência não seja aprovada”, disse Raimundo Oliveira, presidente do Sinproesemma.

Dia de Mobilização

Logo pela manhã, os diretores do Sinproesemma percorreram pontos do Centro de São Luís, como a Praça Deodoro e a Praia Grande, além de Terminais de Integração, para conversar com a população sobre os cortes na educação e as armadilhas da Reforma da Previdência que, ao contrário do que prega o Governo Federal, não vai acabar com os privilégios dos mais ricos e afeta diretamente a classe trabalhadora e os mais necessitados do Brasil. Já pela tarde, uma multidão ocupou a Praça Deodoro. Com faixas, cartazes e até fantasias sindicalistas, professores, estudantes, representantes de movimentos sociais e parlamentares se uniram numa grande mobilização contra os cortes de verbas da educação básica ao ensino superior e a Reforma da Previdência.

Para o estudante do curso de História da UFMA, Senilson Macedo, o 15 de maio foi um dia para mostrar que os estudantes estão atentos aos desdobramentos do cenário político atual e que não vão aceitar retrocessos na educação. “Hoje estamos todos na rua, lutando pelo futuro das universidades e da educação no Brasil. Não vamos arredar um centímetro pelo futuro desse país”, disse o universitário.

Já a secretária dos aposentados do Sinproesemma, professora Eunice Brússio, disse estar muito feliz pelo retorno da classe estudantil às ruas. “Confesso que estou muito feliz em perceber que os estudantes entenderam o chamado e estão somando conosco no protagonismo da luta pela defesa dos nossos direitos. O nosso movimento sai fortalecido e revigorado, disse Eunice.

Todo o Maranhão Parado

Em todas as regionais e núcleos, o Sinproesemma mobilizou os Trabalhadores em Educação para a Greve Geral da Educação. De norte a sul, leste a oeste do Estado, trabalhadores e trabalhadoras em Educação foram para as ruas e debateram com a população os graves ataques que a educação vem sofrendo com a péssima administração de Jair Bolsonaro.

Manifestação em Codó-MA

“Hoje a nossa aula é na rua. Vamos mostrar para todo o Brasil que Educação é o futuro de um país e nunca vai ser gasto e sim investimento”, disse o professor Jean Pierre Lopes, da coordenação regional do Sinproesemma em Codó. “O nosso papel, como educador, é formar cidadãos críticos e que entendam o que está acontecendo com o Brasil. Na escola, na rua, em qualquer lugar temos que lutar por uma educação transformadora, pela escola pública e de qualidade”, reforçou.

Rumo à Greve Geral da classe trabalhadora

A Greve Nacional da Educação já é considerada um ato histórico. Puxado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), ela mobilizou em todo o Brasil milhões de manifestantes que se expressaram contra os cortes no investimento da educação e a Reforma da Previdência.

O 15 de Maio antecede a Greve Geral da Classe Trabalhadora, que vai acontecer no dia 14 de junho, onde todo o Brasil, novamente, vai parar e sair às ruas contra o retrocesso e a retirada de direitos da classe trabalhadora.  “Hoje estamos mostrando que a classe trabalhadora está forte e unida contra a retirada de direitos, e é assim com mobilização e muita luta que vamos seguir firme rumo à Greve Geral convocada pelas centrais sindicais e seus sindicatos filiados para o dia 14 de junho”, ratificou Oliveira.