6º Encontro de Funcionários discute valorização e formação profissional

Com o tema “O Funcionário de Escola no Século XXI: Habilitados e Valorizados”, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinproesemma), através da Secretaria dos Servidores Técnicos e de Apoio, realizou, no último sábado (1º), o 6º Encontro Estadual de Funcionários da Educação, no Hotel Praia Mar, em São Luís.

 “É um prazer recebermos os funcionários para esse espaço de capacitação ofertado pelo Sinproesemma, no qual se faz abordagem do que está sendo debatido no Maranhão e no País, relacionada à valorização dessa categoria”, destacou a secretária dos Servidores Técnicos e de Apoio, Maria Militana.

O evento esclareceu e debateu temas como a necessidade de mais valorização profissional, de abertura de vagas para funcionários em concurso público, da criação do programa Profuncionário estadual, de formação continuada, da criação do curso superior de Tecnólogo em Processos Escolares, e a unificação do Plano de Cargo, Carreira e Vencimento, entre outros assuntos relacionados à categoria. Temas que nortearam as mesas de debate do encontro.

 “O encontro foi ótimo, tivemos a oportunidade de participar e mostrar os caminhos para que estes funcionários tenham formação continuada, visando o fortalecimento da sua careira. O Estado e o Sinproesemma têm dialogado e estão buscando o fortalecimento dos funcionários da educação”, destacou a secretária-adjunta da Gestão das Regionais da Seduc, Rosijane Pinto.

 

Para o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira falar de educação não é falar somente de professor, é falar de um modo geral dos trabalhadores da educação. “Para isso temos somado esforços, a fim de que as políticas sejam voltadas para os trabalhadores da educação, e isso também passa pela valorização destes profissionais e pela reestruturação dos espaços físicos das escolas”.  

Oliveira destacou ainda que o Plano de Carreira unificado é uma discussão e uma luta de muito tempo, desde a gestão dos professores Odair José e Júlio Pinheiro.

PROFUNCIONÁRIO

Até 2016 havia ainda o Profuncionário federal. “Mas com o com o golpe, este e outros programas foram cancelados. Diante disso, o Sinproesemma está buscando, junto ao Governo do Estado, através da Secretaria de Educação e do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), a criação do programa Profuncionário estadual, para ofertar cursos de secretário escolar, multimeios didáticos, alimentação escolar, meio ambiente e manutenção da infraestrutura escolar, destinados àqueles funcionários de escolas que não fizeram o Pro-funcionário e que hoje estão impossibilitados de receber a gratificação de 30%”, explicou Oliveira.

 Com relação ao curso de tecnólogo, o Sinproesemma defende que também seja ofertado aos funcionários das redes municipais: “É preciso que a luta que estamos fazendo na rede estadual seja também das redes municipais, para que todos tenham acesso”, destacou o presidente.

O Secretário de Funcionários da Educação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), José Carlos Bueno do Prado, alertou sobre a importância de ofertar vagas para funcionários em concurso público: “Um estado que realizou o último concurso para funcionários há 24 anos tem um grande problema: se não for realizado outro, em alguns anos, teremos todo o quadro de funcionários de escolas composto por terceirizados. Como é que vamos fazer um plano de carreira unificado se não temos um quadro de funcionários? O grande desafio é criar um quadro próprio”.

No encerramento do evento, o presidente do Sinproesemma também fez um alerta: “É preciso que cada servidor se sinta um educador e todos esses profissionais precisam de qualificação. Hoje, diante dos ataques que nós, trabalhadores, estamos sofrendo, é preciso estar esperto. É preciso combatê-los. E se a classe trabalhadora não se organizar nas suas entidades sindicais, estão fadadas aos ataques dos governos da elite. Precisamos estar unidos. Os governos da elite mascaram tudo. Hoje temos a reforma trabalhista, a terceirização, e tudo isso representa menos concursos. Assim, a educação que queremos, que seja transformada de dentro para fora, vai ficar muito aquém do que esperamos”